segunda-feira, agosto 26, 2013

Agradecer internamente, a bateria dos momentos felizes



E assim, meio sem querer, meio não querendo mesmo, de novo a vida oferece um looping. Tal vez a volta do pêndulo. Depois de momentos de grande felicidade, chegam aqueles em que precisamos da nossa força interna. Essa força que carregamos na bateria dos momentos felizes.

Lembrar fortemente de quando você descobriu que aquela pessoa pela qual você cultivou uma admiração enorme, um carinho de cotidiano, uma esperança, no fundinho do coração fechado para balanço, de que poxa! parece que realmente esse ser pensa no que fala. Sente como age. Veja só, é uma pessoa sensata! Confiável, e com aquele jeito esquerdo-boemia-poesia-musica-tangueria que faz estremecer este coração, baiano-paranhense, porém ainda portenho de nascença. Ah! lembrar dessa descorberta é mágico! Não lhe sou indiferente, e tem mais, acho que sente o mesmo que eu. Que maravilha! Os dias passavam-se radiantes. “A vida é bela” bela mesmo. Essas são as baterias que precisamos agora.

Ah! o telefone toca e essa amiga que mora longe que já está pertinho, cheia de saudades para matar juntas, planos para os mais divertidos dias… Lembrar disso é revigorante. Ver a cria da gente feliz com a notícia, deixando voar suas primeiras borboletinhas de poesia do seu pequeno coração. Não existe felicidade que caiba no peito.

Quando você começa a se sentir confiável em aquele trabalho novo.Percebe que aos poucos começa a dar suas primeiras bolas dentro, as pessoas começam a te respeitar e o serviço a render e fluir. Se sentir produtivo, útil, nos faz sentir, também, felicidade.

Quando você então, tem a incrível oportunidade de ajudar a uma família a nascer. Quando você participa do momento mais sublime que é o nascimento de uma criança. Quando você tem a glória de acompanhar uma mulher no processo do trabalho de parto, se entregando, sendo forte, uma verdadeira entidade. Isso todo ao lado de uma mulher sábia, cálida e de fibra, com quem você aprende a cada acontecimento. É uma situação que agradeço sempre, sempre.

O sabor do dever cumprido, de fazer com unidade interna: sentido, pensando e atuando na mesma direção. A esperança de um amor tranqüilo, coerente, a meditação, o desapego. Tudo é energia para a bateria que nos fortalece internamente.

Disso se trata, ““Cuando encuentres una gran fuerza, alegría y bondad en tu corazón, o cuando te sientas libre y sin contradicciones, inmediatamente agradece en tu interior” (Silo)

“Quando encontres uma grande força, alegria e bondade no teu coração, ou quando te sintas livre, e sem contradições, agradece imediatamente, no teu interior” (Silo)

Tive muitos momentos de profundos agradecimentos. Agora chega o momento de trazer eles todos de volta e agradecer uma vez mais.

Para aquele amor, pelo qual tudo tentei e quase nada consegui. Obrigada! foi lindo imaginar que poderia ter sido. Foi bom ter me aberto a uma possibilidade. Quem sabe...

Para as amigas que moram longe. Já sabemos que a distância não é o que nos separa. Moram mesmo dentro dos nossos corações, dos nossos cotidianos, nos ajudamos, crescemos juntas. Nossas crias crescerão juntas também. Estamos juntas.

E às mulheres parideiras, que me aguardem. Tenho verdadeiro vício em ocitocina e nascimentos. Quero agradecer eternamente a oportunidade de acompanhar nascimentos.

Hoje não é um dia feliz, mas mesmo assim, é um dia de agradecimentos. Dia de apelar para aquela bateria dos momentos felizes e acreditar que estão dentro de nós, que as dificuldades vem e passam e a gente é forte o suficiente.

sábado, julho 06, 2013

O amor nos tempos do medo



“Mais terrível do que qualquer muro, pus grades altíssimas a demarcar o jardim do meu ser, de modo que, vendo perfeitamente os outros, perfeitissimamente eu os excluo e mantenho outros.” Fernando Pessoa

O fato é que vivemos numa sociedade cada vez mais pautada pelo medo. Medo do desemprego, das manifestações, do choque, dos assaltos, das enchentes, do trânsito, da seca, do AVC, do câncer, dos alimentos industrializados, da hipertensão, da velhice, da solidão e, claro, também do amor.

Sentimos, então, medo de nos relacionar com outras pessoas, nos parecem perigosas pelos mais diversos motivos: é desconhecida, pode ser delinquente, mora longe, pode estar doente, é idos@, pode ter mau hálito, chulé, não ter a mesma opção sexual, ser violent@, homofóbic@, machista, estar comprometid@ ou não querer nada sério.

Acho um pecado se querer algo sério quando falamos de relacionamentos. Acredito que o que se deva desejar seja algo divertido, cúmplice, com certa sensualidade, respeito, boas risadas, afinidades: música, literatura e copas deveriam ser quesitos obrigatórios em matéria de compatibilidade, fora os ideológicos, claro. Que seja recheado de um grande desejo de se estar junto, aproveitar os momentos. Companheirismo.

E aí que tá, como pretendemos companheirismo se nem sequer nos atrevemos a atravessar a fronteira de um terceiro encontro? Se o medo nos faz colocar o coração atrás das grades, ao refúgio de qualquer perigo que um romance possa nos proporcionar?  Sentimos mais coragem para realizar um rali até o Acre, do que nos permitir sentir afeto.

Se levamos então vários ou muitos tombos sentimentais, no passado, por melhor que esta pessoa possa nos fazer, corremos. Vai que um dia muda de ideia, vai que me troque por outra. O medo de sofrer de amor nos faz sofrer da falta dele. Um triste paradoxo.
Ficar sozinhos é muito mais seguro. Sabemos como lidamos com nós mesmos, já conhecemos nossas frustrações, sabemos como não ter expectativas de nós. Não vamos nos abandonar, não entramos em conflito com outros interesses e, principalmente não temos medo de nós mesmos. Sabemos cuidar de nós mesmos.

Mas fiquemos atentos a esses nossos boicotes por medos. Às vezes podemos ser nós mesmos os que nos estejamos fazendo sofrer por prevenção extrema.  Encontrar alguém por quem bateu aquela sensação especial, que te respeite, e que te faça rir não é fácil no momento em que as pessoas nem sequer valorizam isso. Temer se manter por perto de alguém com essas qualidades, deveria ser crime de lesa-felicidade. 

Já cantava Silvio Rodriguez "La cobardía es asunto de los hombres, no de los amantes. Los amores cobardes no llegan a amores ni a histórias"

segunda-feira, setembro 05, 2011

Um Boi para aprender...



Adivinhem quem é o Boi?

O motivo mais forte pelo que fiquei no Brasil, foi conhecer a dança e a cultura popular, que encontrei das mais diversificadas formas, aqui em São Paulo. Cidade que reúne de norte a sul  culinária, música, danças e artesanatos de todos os cantos do país. De cara me apaixonei pelo Maracatú, Côco, Reisados, que conheci quando participei do Grupo Abaçaí Cultura e Arte, nos finais de semana maravilhosos, no Parque de Agua Branca, do Boi do Maranhão que graças ao Grupo Cucuaçú mantém a tradição do norte no Morro de Querosene.


Mais tarde pude fazer parte de grupo que teve uma trajetória bem fugaz, o "Côco Caroço" com o que apresentamos, poicas vezes, uma peça escrita e dirigida pelo talentoso Marinaldo Marques que chamava "Ecos da Mata" e contava, de forma bem dançante e humorada, a dura história das quebradeiras de côco Babaçú. Dentre os ritmos dançamos Boi de matraca, de pindaré, Côco maranhense, Cacuriá... eita que foi muito bom!


Minha paixão pelo norte e nordeste não parou por aí... aprendí também o rebolado do Carimbó, graças às quartas-feiras do restaurante homónimo, onde a Waleiska Fernandes fazia a festa com sua alegria e graça.


Pude aprender a respeitar e dançar para os orixás com o grupo Ilú Obá de Min, ficarei também eternamente agradecida.


Desde a gravidez, acompanhamos com o pequeno todas as apresentações que pudimos do grupo Babado de Chita o pequeno hoje cantarola e toca as músicas do CD que contagiam com ritmos como o Côco, Ciranda, Cacuriá, dentre outros.


E agora, o Esteban me abriu a porta para mais um aprendizado... montar uma brincadeira de Boi numa creche onde temos apenas uma professora maranhense, muitas crianças, uma diretora empolgada e muitas vontades! Como se trata de uma instituição Pública (conveniada, na verdade) não temos recursos.


Tudo começou com a professora que ouviu o pequeno cantarolando "eu vi uma onça gemé, na mata dum arvoredo... éee Shan Jõao, chama Shan Pedro"... e como ela é do maranhão se sensibilizou na hora, me chamou de canto, quando fui pegar o pequeno querendo saber onde ele tinha aprendido aquilo... Contei do Grupo Cupuaçú em São Paulo, que curtimos muito, que vamos vez em quando no morro do querosene, que tínhamos ido no domingo na apresentação no Sesc Bom Retiro, que cantamos e tocamos bastante em casa como uma das brincadeiras qeu o pequeno mais gosta. Na hora veio a provocação, "consegue o que puder para montarmos um Boi aqui?" E aqui estou... arranjando idéias, fitas, retalhos de chita, músicas, instrumentos e o que mais vocês achem necessário...


A profe já arranjou um modelo para fazermos um Boi de papelão e uns cavalinhos e madeiras tb pras matracas. Algumas caixas de pizza serão nossos pandeirões. Arranjando um CD, preferentemente do Cupuaçú, tocaremos encima, porque não somos profiças na arte do toque, apenas bem intencionadas... hehe


As crianças levarão seus chapéis juninos para a gente colar fitas e vamo que vamo!
Quem se anota? dá pra perceber o grau de empolgação? rs

quarta-feira, julho 27, 2011

Dia do pediatra


Já que estou tirando a poeira daqui, quero homenagear ao nosso querido pediatra, o Cacá. Sem dúvidas, o melhor presente que o Esteban e eu, recebemos.


Escolher um pediatra não é nada fácil pelo que aprendi neste anos todos. Ele precisa comprender o "jeito" que você escolheu para criação do seu filho e te apoiar. E nisso tivemos sorte, neste caso, foi ele que nos escolheu. Depois da primeira consulta na nossa casa, que foi presente de nossos queridos amigos, a familia Samadeu-Santana, ele mesmo que nos deu de presente a segunda, e a terceira até que fizemos um "bem volado" à brasileira, e continuamos até hoje.


Nas listas e grupos de discussões sobre assuntos referentes à maternidade, na internet, encontro muitos casos mães preocupada com pediatras que, diante do mínimo deslocamento dentro do gráfico de crescimento de um bebé, sem atender aos fatores saúde, desenvolvimento e outros,  receitam leite artificial sem nenhum receio de prejudicar a amamentação. Ou então os tantos que esquecem as recomendações da OMS e promovem o  demame antes dos dois anos de idade.


Por nada disso tivemos que passar. O Esteban mamou exclusivamente até os seis meses e mama até hoje, sendo que come super bem tudo o que passe pela frente, infelizmente nem sempre saudáveis, mas na maioria das vezes alimentos frescos, como frutas e verduras.


Temos um pediatra que nos acompanha passo a passo no desenvolvimento, nos brinda seu apoio e confiança para a amamentação acontecer e, de quebra, foi ele que se preocupou com a recuperação de uma gripe viral que tive e nos fez assustar a todos, no ano passado.


Meu muito obrigado ao nosso querido Cacá, nosso pediatra de cabeceira.

La Asamblea de la Humanidad

Lembrando de velhas e boas épocas vividas intensamente, como tudo neste meu caminho pelo mundo, achei esta matéria escrita em parceria com a minha querida amiga Mariela Martinez e que, na sua época tinha sido publica no site da Ciranda  mas agora achei aqui no aqui, no Cuestiones de Américas. E siga a vida seu curso e que um mundo melhor continue sendo contruido!

La Asamblea de la Humanidad
Mariela Martínez y Mariana Lettis *

GIGANTINHO.- "De este Foro va a salir un arma nueva y colectiva para los ciudadanos. Vamos a demostrar que este será el siglo en que la comunicación está del lado de los pueblos". Esta nueva arma es lo que Ramonet definió como el Quinto Poder, cuya misión será oponerse a los grandes poderes opresores incluyendo los medios.
Por que es necesario un Quinto Poder? Porque los Grupos Mediáticos están utilizando su poder en contra de los pueblos, sumándose a los poderes del capital financiero. Se han convertido en actores centrales de la globalización y su objetivo ya no es ser un contra poder. Ramonet caracterizó a Venezuela como el claro ejemplo de este cambio en los medios, "allí se han erigido como poder antipopular y ejercen una oposición ideológica mas que mediática".
Por lo que queda en manos de la gente de todos los pueblos comenzar a hacer lo que Ramonet llama una Ecología de la Información, donde se difunda información veraz y pluralista.
Las victorias del Foro
Para Ignacio Ramonet, una de las mas grandes victorias es que las ideas del Foro, sus esperanzas y sus propuestas se han traducido electoralmente en la victoria de Lula en Brasil y de Lucio Gutierrez en Ecuador.
La otra victoria corresponde a la revolucion Cubana, que como indica Ramonet, no se hundió ni el pueblo cubano se sublevó. Como tampoco han logrado la derrota de Hugo Chávez en Venezuela, quien expresa "las ideas del movimiento social y popular hoy mas que nunca", expresó.
Para finalizar, dijo que "los 500 millones que están en Davos se están dando cuenta que los 5.500 millones que estamos aquí ya tenemos voz". De esta manera, el Foro Social Mundial se convierte en la expresión de los pueblos, de las culturas que convergen en esta gran "Asamblea de la Humanidad".
Una derrota para el Foro
Al ser consultado acerca del traslado del Foro Social a la India, Ramonet opinó que lo considera como un derroche de capital ya que ha costado mucho construir este capital en Porto Alegre, a tal punto que "esta ya no es una ciudad sinó una idea magnífica, la más bella que ha surgido hace poco en el mundo y ahora aparece plesbiscitada".
Ramonet ejemplificó su desacuerdo con la propuesta de cambiar la sede del foro con la experiencia de Davos, que luego de 25 años de ser realizado allí se traladó a Nueva York y resultó en un fracaso.
Sin embargo, parece que no está todo dicho ya que "los hermanos de la India se han encontrado con un regalo que ellos no reclamaban con tanta energía y la Municipalidad de Porto Alegre tiene mucho interés en que el Foro se quede aquí".
Más que en la Copa del Mundo...
En respuesta a la aceptación del Foro por los medios de comunicación, Ramonet señaló que este año hay más periodistas aquí que en la copa del Mundo de Corea. Y agregó que el record de cobertura lo tienen los Juegos Olimpicos, con 5.000 periodistas. En el III Foro Social Mundial hay 4.200.
Observatorio Internacional de la información
La propuesta más fuerte presentada por Ramonet en la conferencia fue la de la creación de un observatorio internacional de la comunicación. Observatorio que estaría compuesto por todos los ciudadanos del Mundo y que se encargará de difundir la información que queda fuera de los grupos mediáticos así como obligarlos a difundir información veraz y con ética.
Para lograr esto, convocó al encuentro que se realizara el 27 de Enero a las 14:30 en el Predio 11 - Auditorio I de la PUC.
* III Ciranda Internacional da Informação Independente, 26/01/2003. Correo de las autoras: ivimart@yahoo.com.ar

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Dependências e inquisição



Cada vez fico mais irratada quando surge o que denomino de Interrogatório da Inquisição Psicológica, o típico “mas como ainda mama?”


Quando estou de bom humor, costumo responder coisas do tipo: Ainda temos muito caminho por mamar! É, somos tarados por teta! E por aí vai... Agora, quando estou cansada, de mal humor, ou o interlocutor já fez essa pergunta várias vezes no último ano, fico calada. Não por aprovação, mas porque considero desnecessário brigar com uma pessoa quando nenhuma das duas vai mudar de parecer, porque daí eu poderia magoar com respostas do tipo: mamará até quando EU decida ou ELE decida deixar de mamar, ta bom pra você?


Confesso, me violentam as inquisições! O mesmo ocorre com o quesito Cama Compartilhada. Sou mãe de produção independente com uma grande cama, onde eu e o meu bebê cabemos folgados nos dias de calor e mais juntinhos nas noites mais frias. Se ele acorda na madrugada? É só esticar o braço, dar umas palmadas e se não volta a dormir, puxar ele pro peito e em 2 min se vira de costas e voltamos a dormir sossegados, sem nenhum dos dois ter acordado por completo. Quem pratica sabe que a cama compartilahda sabe como é pratico, nẽ?


Mas infelizmente tem muita gente que enxerga que essas práticas podem acarretar sei lá quais complicações. Que gera dependência na criança, que o bebê não cresce até não largar o peito, que acorda de noite só porque mama e dorme na mesma cama. Podem existir linhas da psicologia que defendam que o bebê, assim que nasce, tenha que ser distanciado da mãe, na sua cama, no seu quarto e que deve mamar apenas por seis meses. Mas, me desculpem doutores, ou melhor, dão licença? Estou na contramãos dessas teorias que criaram aos atuais profissionais que tratam os seres humanos como mercadoria e aos políticos que não apoiam a licença maternidade de 180 dias.


Uma vez, num encontro humanista, conheci uma moça, Maria, que estava dando de mamar ao seu pequeno que tinha algo mais de dois anos. Me proximei dela exclamando, que legal! Até quando vocês irão mamar? E ela me respondeu muito segura de si: “me programei para amamentar até os três anos, mais ou menos”. Lógico que nossa relação foi de amor a primeira vista, e que o papo que se seguiu foi de uma maternagem humanista danada, e que lamento profudamente o esporádico dos encontros por causa da geografia. Quando reencontrei, o filhote dela já estava com mais de três anos e desmamado. Foi dificil? Perguntei. “Qué nada! Foi de comum acordo!” Ela disse. Pra mim, são um belo modelo.


Tenho vários amig@s que relatam que mamaram até 3, 4 e 5 anos. Tod@s tem em comum o profundo agradecimento às suas mães pela saúde de ferro que hoje gozam. Quase tod@s compartilharam cama também com seus pais e/ou irmãos. Atualmente todos adultos independentes, que moram em outras casas, cidades, estados ou países. Ninguém ficou preso ao ninho ou não cresceu. “Compartilhar a cama é compartilhar carinho, não vejo onde o amor possa fazer mal” declara uma dessas pessoas.


Minha fonte inspiradora foram os belos relatos que lí no blog Mamíferas, vocês podem escolher alguns deles fazendo click aqui. Desmames naturais, sem traumas, de deixar a alma leve e o coração contente.


Encarei o desafio de desmamar o meu pequeo no tempo que seja certo para nós dois. Depois de tudo, a gente cria os filhos pro mundo, nẽ? Eles devem se sentir seguros, fortes e amados para encará-lo, para transformá-lo, e ter sempre um porto seguro afetivo para os momentos difíceis. Eu curto meu filho mamando, e daí? Somos felizes, isso está errado? Ele tem apenas dois aninhos! Passa tão rapido! Logo mais será um homem grande... e como disse a professora dele da creche: “que continue assim para se tornar um grande homem” (será que meu filho tem algúm problema de dependência? rs).


Se ele sair à mamãe, que já com meus 16 anos saí da casa paterna para morar sozinha, e que com 22 mudei de país, visitando o meu pai, com sorte, uma vez ao ano. Ou então se acontecer como a minha mãe que não me viu crescer, e que não sei ao certo, até quanto tempo mamei, ou como foi pra ela se tornar mãe e nos educar. Se eu partir antes dele ser um adolescente? Não posso deixar momentos por viver, ninguém os viverá por mim. E faço sempre o melhor que posso pelo meu gurí.


Por último, se os meus peitos pudessem falar para responder aos inquisidores, sem dúvida iriam parafrasear a Chico Buarque “tem só dois anos e o leite está quente/deixa o menino com a gente/ deixa o menino contente/ deixa o menino mamar, em paz!”

sábado, novembro 06, 2010

Comer, rezar e amar

Hoje fui assistir, em sessão do Cinematerna claro, o filme do tão famoso livro, que não li, da Elizabeth Gilbert. Se não fosse por se tratar de um liro autobiográfico, seria apenas mais um filminho piegas, água-com-açúcar que só começa a ter alguma graça, quando aparece o "brasileiríssimo" Javier Bardem, que pesse a personagem, ele é de por graça aonda aparecer.

Teve a passagem pela India, que poderia ter sido mais aprofundada, em todo caso, foi uma bela tentativa.

Confesso que agora quero ver se o livro salva a patria do filme, então serei mais uma alma a procurar nas pratileiras da Cultura. Na verdade quero ler, com meus próprios olhos se é verdade que alguém encontrou na vida um homem gato, sensível, inteligente, que sabe cozinhar, que criou os filhos para a mulher trabalhar, que, segundo dão a entender, ficou 10 anos sem transar porque ainda estava sofrendo o abandono, e que logo de cara oferece uma relação para se contruir pelo resto da vida...

Olha, se isso for verdade, acho que meu projeto será juntar dinheiro para viajar até Bali, quem sabe, o reduto dos brasileiros descentes, esteja lá.