segunda-feira, outubro 22, 2007

Negritude

Sinto o grito de liberdade das senzalas
circulam em mim torrentes
de tambores estridentes
dentro o ritmo, a ginga, a malandragem
fora o cheiro de dendê
o rebolado, libertinagem
a dança de quem tem raça
cacuriá, boi, lundú,
carimbó, côco, maracatú
tambor de criola é paixão
mas jongos e batuques de umbigadas,
durante os dias, ou às noitadas
dança sim, meu ser, meu coração
nas lembranças a cultura
de um povo no além,
nas alturas
a magia dos orixás e o encanto
navegaram pro Brasil
trouxeram no pranto
do povo que ecoa em mim
os meus ancestrais
tudo isso manifesto
sou negra sim
assim eu vivo
só me falta a cor...
a alma eu atesto!

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