quinta-feira, outubro 18, 2007

Desejo

Desejo na calada da noite
perturbação, inquietude
te invoco
viril, servo devasso
sinto o teu sangue fervilhando
no profundo da alma
te toco
servil consentes o apetite alheio
diáfana de anseios
te provoco
a chuva, o vento, o eco,
os prédios, o quarto, a lua e a janela
cenario para o grito
bem ao centro
te coloco
satisfazes de fel
tua vontade pagã
suspiros ao querer raiar do dia
te desloco
voltas ao nada
ou ao tão pouco
que lograste displicente
és mais um então
te estoco

Nenhum comentário: